No universo farmacêutico, o marketing digital tradicional, focado em conversão e vendas, perde força diante de um público altamente técnico e ético: os profissionais de saúde. Médicos e outros profissionais de saúde (HCPs) não tomam decisões com base em apelos comerciais, mas sim em evidências científicas, experiências clínicas e atualizações confiáveis.
Nesse cenário, o conteúdo relevante emerge como uma das ferramentas mais eficazes para estabelecer conexões genuínas e duradouras entre a indústria farmacêutica e os profissionais de saúde.
O que é um conteúdo relevante para HCPs?
Mais do que informar, o conteúdo voltado para HCPs precisa apoiar a prática médica. Isso significa que ele deve responder a dúvidas clínicas, atualizar condutas com base em evidências ou facilitar decisões terapêuticas. Em outras palavras, o conteúdo relevante é aquele que pode ajudar a melhorar a rotina do profissional. Isso contribui para uma atuação mais segura, atualizada e eficaz.
Segundo o relatório Veeva Pulse Field Trends 2025, conteúdos relevantes podem reduzir o tempo entre reuniões em até 25%, aumentar em 20% a chance de follow-up e influenciar diretamente na escolha de tratamentos. Esses dados reforçam que o conteúdo não apenas engaja, mas também impacta a prática clínica e fortalece a percepção de valor da marca.
Pilares para construção de conteúdo relevante
É imprescindível que toda informação compartilhada esteja em conformidade com a RDC 96/2008 e outras diretrizes regulatórias que regem o setor. Isso inclui o respeito às normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), às boas práticas de farmacovigilância, às políticas de compliance corporativo e às diretrizes de comunicação médica estabelecidas por entidades, como o CFM e sociedades científicas. Ignorar esses aspectos pode comprometer não apenas a reputação da marca, mas também gerar riscos legais e éticos significativos.
Por isso, profissionais envolvidos na criação de conteúdo para HCPs ou pacientes devem ter domínio sobre o tema para haver uma promoção ética de medicamentos, respeito aos limites da publicidade institucional, uso consciente de dados clínicos, consentimento para uso de imagem e aplicação de linguagem permitida em materiais promocionais.
Além disso, é essencial garantir que o conteúdo esteja alinhado com os princípios da farmacovigilância, promovendo o uso seguro dos produtos e incentivando a notificação de eventos adversos. Quando o conteúdo respeita essas diretrizes, ele não apenas informa, mas também protege, educa e fortalece a confiança.
Principais canais para distribuição de conteúdo
A escolha dos canais e formatos é decisiva para garantir que o conteúdo seja não somente acessado, mas também valorizado. Mais do que entregar informação, é preciso garantir que ela chegue de forma contextualizada, respeitosa e adaptada à rotina do profissional de saúde.
Entre os canais e formatos que têm se destacado na comunicação com HCPs, estão:
- Approved Email: permite o envio de conteúdos personalizados e validados, com rastreabilidade e conformidade regulatória;
- Visual Aid: ampliar o potencial da visitação, facilitando a apresentação de dados clínicos e diferenciais terapêuticos;
- E-mail Marketing: contribui para manter o HCP envolvido, permitindo segmentação e distribuição de informações úteis para o dia a dia;
- WhatsApp: gera proximidade, sendo um canal ágil e direto, ideal para atualizações rápidas e convites para eventos;
- Anúncios segmentados: ajudam a reforçar mensagens e ampliar o alcance;
- Telas interativas em eventos: promovem experiências imersivas e educativas;
- Podcasts com especialistas (KOLs e DOLs): oferecem conteúdo aprofundado e de fácil consumo;
- Materiais off-line, como flyers, folders e press kits: desempenham papel importante em congressos, visitas presenciais e outras formas de contato presencial;
- Webinars e eventos digitais: permitem a troca de conhecimento em tempo real, com interatividade e alcance nacional.
A integração desses formatos em uma régua de relacionamento bem estruturada, com cadência, segmentação e propósito, é essencial para manter o HCP engajado ao longo do tempo. Essa consistência reforça a percepção de parceria e posiciona a farmacêutica como uma fonte confiável de atualização científica.
O conteúdo é a ponte para se conectar à confiança
A confiança do profissional de saúde é o que sustenta um relacionamento de longo prazo. E essa confiança não se compra, se constrói com consistência, relevância e respeito. Farmacêuticas que desejam ampliar sua referência no mercado precisam entender que educar é mais eficaz do que vender.
Ao fornecer conteúdos que não apenas informam, mas auxiliam o HCP a encontrar alternativas para superar os desafios da prática, a Prod encontra seu verdadeiro propósito: transformar ideias em soluções digitais que promovam cuidados para a vida e impactem a humanidade.
Afinal, no health marketing, a confiança é o ativo mais valioso, e o conteúdo é o caminho para conquistá-la.