Abril é o mês da Linguagem Brasileira de Sinais, conhecida como Libras, que atende a comunidade de pessoas surdas e mudas desde 2002. A proximidade da data nos lembra de um assunto inadiável e essencial: acessibilidade no trabalho.
Baseada em um conceito de língua visual-espacial, a Libras possui sua própria gramática, especificamente criada para promover inclusão e acessibilidade em todos os espaços de convivência social entre surdos e mudos, inclusive no ambiente profissional.
Ser uma empresa que pratica a acessibilidade para surdos e mudos significa promover a equidade, oferecendo todas as condições necessárias para que essa comunidade não se sinta excluída por uma característica física.
Como funciona a acessibilidade no trabalho?
A acessibilidade no trabalho tem a ver com a capacidade de todas as pessoas utilizarem o ambiente físico, equipamentos, recursos e oportunidades de emprego, sem discriminação ou dificuldade.
Se pensarmos bem, a acessibilidade também está relacionada à diversidade nas empresas, promovendo a pluralidade de pessoas. Ao reunir esses dois conceitos, é mais possível criar um ambiente de trabalho justo e igualitário para todos os colaboradores.
No caso específico da acessibilidade para surdos e mudos, a linguagem de sinais é um dos recursos que permite que essas pessoas se comuniquem e acessem informações de forma efetiva no espaço de trabalho.
A Libras é uma forma legítima de expressão cultural e deve ser respeitada e valorizada. Quando as empresas vestem essa camisa, permitem que toda a comunidade surda e muda identifique-se e sinta-se acolhida no ambiente profissional (que por sinal, é um direito garantido por lei).
Quais são os recursos que melhoram o ambiente de trabalho para surdos e mudos?
Existem diversos recursos que podem ser adotados para contribuir para a acessibilidade no trabalho. As tecnologias de acessibilidade visam ajudar pessoas surdas e mudas a se comunicarem e acessarem informações de maneira mais fácil. Confira alguns exemplos:
- Software de Reconhecimento de Voz: programas que podem ser utilizados por pessoas mudas para traduzir a fala em texto escrito.
- Telefone com Texto: recurso que permite que pessoas surdas e mudas possam se comunicar por meio de mensagens de texto em vez de chamadas de voz.
- Alertas Visuais: utilizados para chamar a atenção de pessoas surdas para eventos como telefonemas, alarmes e campainhas.
- Legendagem em tempo real: exibição de legendas em tempo real em uma transmissão ao vivo, permitindo que pessoas surdas possam acompanhar o conteúdo.
Em resumo, todas essas tecnologias podem ser combinadas para uma política de acessibilidade poderosa. O importante é que a comunidade de surdos e mudos possa se comunicar e ter acesso a informações de maneira efetiva, possibilitando sua inclusão em todos os aspectos da sociedade.
Quem deve pensar e implementar as tecnologias de acessibilidade no trabalho?
A implementação de tecnologias e políticas de acessibilidade deve estar presente em empresas de todos os setores. Além disso, pode estar relacionada a um setor específico da organização ou não. Tudo depende da forma como a empresa decide se organizar nesse aspecto.
Na Prod, criamos o comitê de Prodiversidade, que promove ações de inclusão, diversidade e acessibilidade dentro e fora do trabalho. O papel do comitê é reunir um grupo de pessoas para pensar e implementar políticas e práticas relacionadas à diversidade em todos os aspectos.
O objetivo é simples: usar a diversidade para impactar o bem-estar dos colaboradores da melhor forma possível, independentemente de raça, gênero, orientação sexual, idade, religião, habilidade física ou qualquer outra característica pessoal.
Para o mês de abril, o Prodiversidade organizou uma ação educativa de Libras com todos os colaboradores da Prod, além da criação de um mural expositivo sobre “Mercado de trabalho e deficiências”.
Legal, não é? Essa é uma forma interessante e efetiva de compartilhar conhecimento e engajar outras pessoas na onda da acessibilidade.