Data-driven: como tomar decisões estratégicas no marketing farmacêutico?

Data-driven, ou orientação por dados, é uma abordagem que se baseia na análise de dados para a tomada de decisões em um negócio ou organização. Esse conceito é fundamental para qualquer negócio, já que a geração e o acesso a dados é exponencial.

Segundo uma pesquisa feita pela Alteryx, empresa de automação de análise, 76% dos respondentes acreditam que o cenário dos negócios está enfrentando grandes mudanças devido ao uso de dados. Além disso, 73% das organizações indicam que os gastos com análises irão superar outros investimentos em software. 

Por que o interesse por análise de dados e o conceito data-driven cresceu nos últimos anos?

Que a pandemia acelerou a transformação digital não é mais novidade. Ações e planejamentos estruturados para cinco anos precisaram ser executados em meses para se adequarem à nova realidade global. 

Naturalmente, essa mudança refletiu não só no comportamento dos consumidores, como também dos profissionais. Em pesquisa feita pela Salesforce em 2021, com mais de 8.200 profissionais de marketing, 80% afirmou que a pandemia mudou a maneira de as marcas alcançarem o público e impactou suas estratégias de engajamento digital. 

Todo esse processo fez com que os profissionais e empresas de marketing precisassem encontrar novas maneiras para entender as necessidades do público. 

Como o data-driven impacta o health marketing?

Uma decisão baseada por dados deve fazer parte de empresas de todos os setores, principalmente das farmacêuticas. 

O uso de dados no health marketing permite planejar ações e criar projetos mais inovadores não só em tecnologia para saúde, mas também em experiência, além de garantir informações muito mais precisas para diferentes operações. 

Data-driven é mais do que análises rasas, é alavancar resultados

Atualmente, “achar que médicos prescrevem por determinada influência” e, por isso, adotar ações que vão ao encontro do achismo não são suficientes para gerar resultados e agregar valor. O mesmo vale para adesão do paciente ao tratamento. 

A 8ª edição do relatório State of Marketing, da Salesforce, com corte de 2020 a 2022, mostrou que 73% dos clientes esperam que as empresas compreendam suas necessidades únicas. Além disso, o Customer Experience passou a ser um diferencial competitivo fundamental para 82% dos entrevistados de alto desempenho. Ou seja, quem compreende os dados e consegue oferecer novas experiências por meio de análises ganha destaque frente à concorrência.

Como o Marketing data-driven contribui para o planejamento de ações?

Quais fontes de informação você utiliza ao planejar as ações de health marketing? As experiências de projetos passados são um fator decisivo?

Em geral, o sucesso das ações de marketing para healthcare dependem de gerar insights a partir de experiências e planejar ações orientadas por dados, com o intuito de criar uma comunicação omnichannel que engaje o público como, onde e quando precisarem. 

Quando falamos de experiências, podemos descrever como:

• Entender e conhecer os canais de mídias mais utilizados;
• Quais plataformas estão presentes no dia a dia do público;
• Em quais ambientes o público mais consome conteúdos voltados à saúde;
• O que influencia seus hábitos de prescrição ou adesão a tratamentos;
• Quais formatos de conteúdos geram maior engajamento e retenção;
• Qual a frequência de consumo e muito mais.

Os dados devem trazer respostas e orientar o futuro

Com base em um conjunto de dados, é possível orientar o futuro do negócio, planejar ações mais eficazes e identificar oportunidades de crescimento. 

A análise dos dados permite que as farmacêuticas tomem decisões baseadas em informações objetivas, reduzindo os riscos e otimizando seus recursos. Por isso, os dados coletados devem fornecer respostas precisas e confiáveis para as questões que surgem no dia a dia da empresa, permitindo ações bem direcionadas.

Alguns exemplos de dados comuns no dia a dia, e que contribuem para o planejamento de ações:

Demográficos

Informações sobre a idade, gênero, localização e outros fatores pessoais dos consumidores podem ajudar a segmentar o público-alvo e personalizar as campanhas de marketing.

Comportamentais e de consumo

Dados sobre o comportamento do consumidor, como histórico de compras, interações com o website ou redes sociais, podem ser usados para entender as preferências dos clientes e criar campanhas personalizadas.

Visitações

Por meio das visitas médicas, presenciais ou virtuais, os representantes comerciais conseguem captar sinais e percepções sobre o HCP, que poderão contribuir para o planejamento de ações futuras. Além disso, com o uso de materiais de apoio, como o Visual Aid, o rep conseguirá identificar pontos de maior relevância durante a visita, com conteúdos que chamaram a atenção para usar em uma nova abordagem com o médico.

Pesquisas

Informações coletadas via pesquisas de mercado, como feedback dos clientes, opiniões sobre os produtos, e necessidades não atendidas podem ajudar a orientar o desenvolvimento de novos produtos e aprimorar a experiência do cliente. Essas pesquisas podem ser aplicadas por representantes comerciais, pop-ups, além de canais específicos de pesquisas.

Mídias sociais e mídias pagas

Dados coletados a partir das interações dos clientes nas mídias, como curtidas, comentários, compartilhamentos, visualizações de página e cadastros, podem ser usados para medir a eficácia das campanhas de marketing e identificar oportunidades.

Congressos e eventos

Desde o momento do cadastro do profissional em uma plataforma até o dia do evento ou congresso, esse tipo de iniciativa permite coletar diferentes informações, que vão além de nome e CRM. Com dados mais detalhados, como hábitos de prescrição e comportamento no digital, é possível traçar uma estratégia mais precisa para criar referência e fortalecer o relacionamento com o HCP.

Solicitações de amostras ou vendas

Dados sobre solicitações de amostras grátis e vendas de produtos podem ser usados para identificar tendências de mercado, além de contribuir para a análise de eficácia das ações de marketing e das estratégias com a Força de Vendas.

Com tantas informações disponíveis, o que fazer? É essencial que as ações de marketing sejam cada vez mais data-driven, pensadas para construir uma jornada de relacionamento mais forte e precisa. E no caso da indústria farmacêutica, resultem em melhor qualidade de vida para os pacientes.

Os dados devem ser o fator decisivo para orientar toda a estratégia de health marketing, ajudando a identificar o melhor formato de conteúdo, as melhores plataformas de relacionamento, os horários de maior engajamento e tipos de informações mais relevantes. Tudo isso para alcançar os grandes objetivos finais: referência na marca, aumento das prescrições e mais saúde.  

Quer conversar mais sobre esse assunto e entender como a Prod pode te ajudar com estratégias data-driven? Vem bater um papo com a gente.